Gustav Mahler - Simphony nr 5 - Adaggietto

Gustav Mahler - Simphony nr 5 - Adaggietto


Gustav Mahler costuma ser lembrado como um dos maiores compositores e por sua excepcional habilidade em particular para compor, arranjar e instrumentar suas monumentais sinfonias.

Tomei contato com a música de Mahler de uma maneira um tanto inusitada. Todos choravam nos cinemas por causa de “Em algum Lugar do Passado” e a trilha sonora, toda baseada numa das variações de Rachmaninoff (a número 18) em “Rapsódia sobre um tema de Paganinni”.

Lendo o livro homônimo, a maior amplitude que  proporciona ao drama, tornou a estória infinitamente mais rica, e o protagonista (Richard Collier, um teatrólogo) vai trancar-se num hotel para tentar terminar uma peça que compunha, levando debaixo do braço os discos das dez sinfonias de Mahler, e no decorrer da trama, vai associando o phatos de cada uma ao clima emocional da circunstância.

Ora, Mahler? 
Não Rachmaninoff?
Quem é esse Mahler?
Lá fui eu para as melhores e piores casas do ramo atrás de lp´s das tais sinfonias... e... amor à primeira audição. Música densa, um tanto pictórica, descritiva. Não é de fácil compreensão a princípio, mas à medida que se ouve, e mais se ouve, novas cenas e sensações vão surgindo; novos sons, novas sonoridas, como somente Mahler sabia produzir.

O adagietto da 5a. Sinfonia eu ouvi pela primeira vez em fita, numa apresentação do Balé Cidade de São Paulo, e naquela noite, em minha memória, e até hoje, do espetáculo ficou somente a música...

Geralmente a música de Mahler tem um ar depressivo, um pouco reflexo da própria condição do autor, que provavelmente sofria do que hoje chamamos “Transtorno ou Doença Bipolar do Humor”, mas também têm simultânea e paradoxalmente um clima romântico, apaixonado, quase feliz; não diria totalmente feliz, porque Mahler é provavelmente o último dos compositores do Romantismo. E no Romantismo o amor é um sentimento antes de tudo para ser sofrido.

Bem, quando montei o vídeo, elegi o lado sombrio que a música tem para mim, e descarreguei minhas próprias sombras nele, misturadas a algumas imagens do mestre em vida, e morto também.
Aí está, Adagietto da 5a Sinfonia, de Gustav Mahler. Créditos no próprio vídeo.


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