Polianteia: uma crônica visual sobre o amor. Música: Liquid Days By Phillip Glass

Poliantéia: uma crônica visual sobre o amor. Música: Liquid Days By Phillip Glass

David Byrne fez a letra e Phillip Glass a música.Duas mentes com visão pós-contemporânea do mundo.

E esse poema/crônica sobre o amor é muito interessante, fala das pequeninas coisas que fazem o amor ser amor, ou não. 

"Songs for the Liquid Days" é um album antigo (1986), reúne o minimalismo da música de Glass e personagens da música dita "popular".

As letras são de quatro autores "populares":  Paul Simon, Suzanne Vega, David Byrne e Laurie Anderson. E a interpretação por conta do conjunto vocal The Roches, que canta a peça aqui apresentada; Linda Ronstadt, linda voz dos anos 80, Janice Pendarvis e Bernard Fowler. Também o sempre e ainda ultracontemporâneo Kronos Quartet está presente. Tudo acompanhado pela  Philip Glass Ensemble, regida pelo sempre presente e notável Michael Riesman.



Apesar de toda a bela música que Glass coloca desenhando os poemas, é ele,  o poema, que prevalece em todo o disco. E o que menos aparece é o autor, só o reconhecemos em sua maneira peculiar de compor, que sempre acaba me lembrando a "máquina de costura" de Vivaldi.

Juntei minha paixão por essa música com a fascinação que os cinemagraphs me despertam, e tentei contar visualmente o "filme" que me passa aos olhos quando ouço essa canção.  

Coloco a letra a seguir, mas sem tradução, para não perder a mágica das palavras, não basta traduzir, é necessário  reproduzir o ambiente do texto. Se alguém se habilitar, publico aqui :)

Oh Round Desire
Oh Red Delight
The River is Blood
The Time is Spent

Love likes me
Love takes it shoes off and sits on the couch
Love has an answer for everything
Love smiles gently...and crosses its legs
well here we are well here we are

Sleep
Sleep

Sleep...Being in Air
Sleep...Turning to speak
Sleep...Losing our Way
Sleep...Pour it all Out

We are old Friends
I offer Love a Beer
Love watches Television
Love needs a bath
Love could use a shave
Love rolls out of the chair and wiggles
on the floor
Jumps Up
I'm Laughing at Love

Drink Me
Drink Me
Drink Me
Drink Me

Drive...Why do You Ask?
Breaths...Still is the Night
Drive...It is much Further
Sleep...Than We Thought

In Liquid Days
Land Travel(s) Hard
Fly Home Daughter
Cover Your Ears


Mozart - String quartet K.465 - 2nd mov.

Mozart - String quartet K.465 - 2nd mov.

Verdades e Mentiras - Voluntários da Pátria

Verdades e Mentiras - Voluntários da Pátria

Sound and Vision - David Bowie

Sound and Vision - David Bowie

Gustav Mahler - Simphony nr 5 - Adaggietto

Gustav Mahler - Simphony nr 5 - Adaggietto


Gustav Mahler costuma ser lembrado como um dos maiores compositores e por sua excepcional habilidade em particular para compor, arranjar e instrumentar suas monumentais sinfonias.

Tomei contato com a música de Mahler de uma maneira um tanto inusitada. Todos choravam nos cinemas por causa de “Em algum Lugar do Passado” e a trilha sonora, toda baseada numa das variações de Rachmaninoff (a número 18) em “Rapsódia sobre um tema de Paganinni”.

Lendo o livro homônimo, a maior amplitude que  proporciona ao drama, tornou a estória infinitamente mais rica, e o protagonista (Richard Collier, um teatrólogo) vai trancar-se num hotel para tentar terminar uma peça que compunha, levando debaixo do braço os discos das dez sinfonias de Mahler, e no decorrer da trama, vai associando o phatos de cada uma ao clima emocional da circunstância.

Ora, Mahler? 
Não Rachmaninoff?
Quem é esse Mahler?
Lá fui eu para as melhores e piores casas do ramo atrás de lp´s das tais sinfonias... e... amor à primeira audição. Música densa, um tanto pictórica, descritiva. Não é de fácil compreensão a princípio, mas à medida que se ouve, e mais se ouve, novas cenas e sensações vão surgindo; novos sons, novas sonoridas, como somente Mahler sabia produzir.

O adagietto da 5a. Sinfonia eu ouvi pela primeira vez em fita, numa apresentação do Balé Cidade de São Paulo, e naquela noite, em minha memória, e até hoje, do espetáculo ficou somente a música...

Geralmente a música de Mahler tem um ar depressivo, um pouco reflexo da própria condição do autor, que provavelmente sofria do que hoje chamamos “Transtorno ou Doença Bipolar do Humor”, mas também têm simultânea e paradoxalmente um clima romântico, apaixonado, quase feliz; não diria totalmente feliz, porque Mahler é provavelmente o último dos compositores do Romantismo. E no Romantismo o amor é um sentimento antes de tudo para ser sofrido.

Bem, quando montei o vídeo, elegi o lado sombrio que a música tem para mim, e descarreguei minhas próprias sombras nele, misturadas a algumas imagens do mestre em vida, e morto também.
Aí está, Adagietto da 5a Sinfonia, de Gustav Mahler. Créditos no próprio vídeo.


Ciclo - Hermes Cavalcante

Ciclo - Hermes Cavalcante

Minha experiência com criação musical tem sido principalmente através da MIDI, sigla de Musical Interface for Digital Instruments. Utilizo o computador para simular os instrumentos desde um piano até uma orquestra sinfônica completa. Mas nunca enxerguei a música digital como substituta do instrumentista humano, este será sempre insuperável, pois além da técnica tem o que o coloca no auge: a sensibilidade e o sentimento.

Minha intenção nunca foi compor para músicos humanos. Se utilizo um meio eletrônico, sempre procurei transgredir todas as regras da composição e da execução, tentando tornar minhas peças "difíceis" de executar por conjuntos e intrumentos humanos.

É assim com Ciclo. Os instrumentos começam no mesmo compasso 4/4, mas aos poucos, o contrabaixo, os pizzicatos e alguns outros instrumentos vão "atravessando" o tempo regular da música até chegar a uma total mistura de contratempos. A idéia era tentar representar que tudo se dá em ciclos ainda que não dê essa impressão às vezes; tudo encontra conclusão no final e recomeça.

Fiz esta peça em 1996, já experimentei vários arranjos e há muito tempo adotei esta forma atual, melhorando apenas as sínteses sonoras com o avanço dos instrumentos virtuais. Em 2013 pensei em acrescentar informação visual, extraída do meu próprio ciclo de vida, e resultou neste vídeo; abstrato, algo surreal, repetitivo - cíclico, enfim.

Franz Liszt - Consolaçao nr 3

Franz Liszt - Consolaçao nr 3

Tchaikovsky - String Quartet nr 1 - 2nd mov

Tchaikovsky - String Quartet nr 1 - 2nd mov

Beethoven String Quartet in A minor - op 132 - 1st mvt.

Beethoven String Quartet in A minor - op 132 - 1st mvt.

Escreve Beethoven numa carta:

"Para ti, pobre B (Beethoven), não há felicidade no mundo exterior: é em ti mesmo que deves procurá-la. Só no mundo ideal encontrarás amigos e é só em teu próprio coração que deves, agora, procurar apoio."



Tentando ponderar o imponderável, começando pelo que é para mim, a reflexão amarga de um homem maduro sobre os caminhos que trilhara, comecei a reunir as imagens para este primeiro movimento do quarteto Op.132. A tonalidade menor como quase sempre, sugere por si uma atmosfera mais densa e sombria, complementada pela estrutura com que Beethovem construiu esta obra prima.

Como deveria sentir-se um homem de 55 anos, genial, genioso, completamente isolado do mundo esterior por uma surdez quase total, feito solteirão pelas circunstâncias da vida, com um sobrinho a lhe causar problema atrás de problema? E efetivamente dois anos depois estaria morto.

Solidão, essencialmente solidão. O tempo passado e ainda teimando em passar, a imensa obra realizada, esperanças e desejos ainda pulsando no peito, sem ouvir o que todos ouviam; mas em contrapartida, ouvindo apenas consigo sons que ninguém poderá imaginar ouvir jamais.

E vou por aí, aproveitando o clima para propor-me reflexão semelhante, o que foi, não foi, poderia ter sido, o ser sozinho, o ser solitário, a esperança e a frustração; um balanço, enfim, onde o resultado fica em aberto para o próximo exercício.

Não tenho medo da morte - Gilberto Gil

Não tenho medo da morte - Gilberto Gil

Acknowledgement - A love supreme - John Coltrane

 Acknowledgement - A love supreme - John Coltrane
Poema abaixo do vídeo.

Part 1 - "Acknowlegement" of "A Love Supreme" Album, by John Coltrane
With text background writed by Coltrane:

"I will do all I can to be worthy of Thee O Lord.
It all has to do with it.
Thank you God.
Peace.
There is no other.
God is. It is so beautiful.
Thank you God. God is all.
Help us to resolve our fears and weakness.
Thank you God.
In You all things are possible.
We know. God made us so.
Keep you eye on God.
God is. He always was. He always will be.
No matter what... it is God.
He is gracious and merciful.
It is most important that I know Thee.
Words, sounds, speech, men, memory, thoughts,
fears and emotions -- time -- all related...
all made from one... all made in one.
Blessed be His name.
Thought waves -- heat waves -- all vibrations --
all paths lead to God. Thank you God.
His way... it is so lovely... it's gracious.
It is merciful. Thank you God.
One thought can produce millions of vibrations
and they all go back to God... everything does.
Thank you God.
Have no fear... believe... Thank you God.
The universe has many wonders. God is all.
His way... it is so wonderful.
Thoughts -- deeds -- vibrations, etc.
They all go back to God. He cleanses all.
He is gracious and merciful... Thank you God.
Glory to God. God is so alive.
God is.
God loves.
May I be acceptable in Thy sight.
We are all in His grace.
The fact that we do exist is acknowledgement of Thee O Lord.
Thank you God.
God will wash way all our tears...
He always has...
His always will.
Seek His everyday. In all ways seek God everyday.
Let us sing all songs to God.
To whom all praise is due... praise God.
No road is na easy one, but they all
go backto God.
With all we share God.
It is all with God.
It is all with Thee.
Obey the Lord.
Blessed is He.
We are from one thing... the will of God...
Thank you God.
I have seen God -- I have seen ungodly --
none can be greater -- none can compare to God
Thank you God.
He will remake us... He always has and He
always will.
It is true -- blessed be His name - Thank you God.
God breathes through us so completely...
so gently we hardly fell it.. yet.
it is our everything.
Thank you God.
ELATION -- ELEGANCE -- EXALATION --
All from God.
Thank you God. Amen.
---
"A love Supreme" poem by John Coltrane

Blues for Christmas - John Lee Hooker

Blues for Christmas - John Lee Hooker

Alabama - John Coltrane

Alabama - John Coltrane

Ao Sol!

Ao Sol!

La Rosita - Coleman Hawkins

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Alone togheter - Charlie Haden

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Arabesque Promenade

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